domingo, 8 de junho de 2008

Velhice para coisas fúteis

Inspirado nesse texto de um amigo meu, onde muito me identifiquei:
"O frio e principalmente, as frias em que me meti nesse final de semana me fizeram enxergar claramente algumas coisas. Falarei da mais significativa, eu comecei a envelhecer. Sei bem de todo aquele papo que tu envelhece quando quer, tu não tem nem 30 e esse blablabla, mas os sintomas são indiscutíveis. Eu não tenho mais paciência para certas coisas e pessoas. Eu canso, bocejo, me irrito, não tenho mais saco."

Estou cada dia mais convencida que estou ficando velha.

Tudo bem que isso não significa muita coisa quando percebo que para algumas atitudes fúteis eu sempre tenha sido uma senhora!
Ontem sai com uma amiga para uma casa muito legal, com ótimo som, ali mesmo na João Alfredo. Coração da cidade baixa de Porto Alegre.
A promessa era de se divertir e dançar muito!

Mas não foi isso que aconteceu e eis os motivos que me fizeram correr de lá:

1.Lugar lotado. Claro que quando a casa é boa o lugar lota. A música era na medida certa pro meu gosto mas eu não conseguia me mexer! Pessoas mal-educadas se acotovelando, mulheres disputando espaço para se mostrar pros caras, gente transitando a procura de não sei bem o que...o tempo todo.
Quem conseguia dançar se sentia numa lata de sardinha.
Ah! é muito pra minha cabeça. Gosto de liberdade, de dançar solta, de rir. Gosto de ter onde colocar meu casaco e não ter que ficar levando o coitado a tiracolo. Porque a lotação era tanta que contagiou até a chapelaria. Horrível.

2.Pessoas fumando excessivamente. Eu sei que na balada é assim. Muito cigarro, muito álcool, muito tudo. Excessivamente. Mas as pessoas fumam e jogam a fumaça na tua cara, sem se preocupar se vai te queimar, se vai cair cinza em ti, se vc vai gostar disso ou qq outra coisa. Simplesmente, vc volta pra casa como se tivesse se transformado em um cigarro de verdade. E se você pede pra elas cuidarem com o que estão pitando elas te dizem: Se cuida vc!
Ah! Por favor.

3. O sentido da balada é pegação? Então o povo de Porto Alegre está seguindo a risca. Os caras vem pra cima, te agarram, não querem nem saber. Já vem beijando e passando a mão. E o que é pior: as gurias também. Tu tem que ser muito esperta pra se safar! Confesso que isso não foi um problema, mas eu acho triste a banalização que as pessoas fazem dessa intimidade. Eu sei que beijar é bom, mas qq um? Ah, por favor... E aquelas cantadas ridículas então? Deus que me perdoe...

4. Confesso que as minhas companhias estavam ruins. Se voce tem pessoas que se divertem e sejam boas companhias mesmo, tudo fica bem mais suportavel. Mas eu não tive essa sorte. Não ontem.

5. Ah! e tive que parar o carro na rua. Então estava preocupada com ele também. Ruim pra se divertir!

De certa forma, eu mesma nunca fui muito baladeira. Sempre fui caseira, quietinha. Gosto de conversar, ouvir o que as pessoas tem a dizer, olhar nos olhos, então esse tipo de ambiente não é o ideal. Não pra isso. E talvez não tenha a ver com idade. Eu sempre fui assim. É personalidade.
Não bebo pra cair. Aliás, posso ficar alegre pra me soltar...mas sinceramente eu não preciso disso. Me divirto sem a bebida. Não fumo, não fico com qq um (muito menos tendo um pseudo-namorado). Acho que eu na verdade sou uma péssima companhia...
hahahahah
Vai saber né?
Pra mim uma noite assim, é perda de tempo.


O melhor da noite foi pegar chuva na saída até o carro, ouvir umas 200 vezes que eu tinha o sorriso mais bonito da noite e ainda chegar em casa, tomar um banho bem quentinho e dormir na minha cama maravilhosa.
É. decididamente, essas foram as melhores coisas da noite.

Estou ficando velha para coisas inúteis.

Um comentário:

  1. Bom, pelo menos fez sucesso pelo visto. hehehe

    Mas é isso que a João Alfredo normalmente tem para oferecer. Por isso não coloco maus pés lá. Bjs.

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