Eu á postei esse texto várias vezes...mas é que eu amooo tanto, mas tanto isso que vou ter que postar mais uma vez....
Que o outro saiba quando estou com medo,
e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora
batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou
quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele
e não se irrite com minha solicitude,
e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade
e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim,
porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo
que estou nervosa, ou doente,
ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta o quanto dói a idéia da perda,
e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida,
não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.
Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles,
o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice,
mas sem fazer alarde nem dizendo
" Olha que estou tendo muita paciência com você!"
Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua,
nem me chame de ingênua,
nem queira fechar essa porta necessária
que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.
Que se eu eventualmente perco a paciência,
perco a graça e perco a compostura,
o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro filho, amigo, amante, marido
não me considere sempre sempre disponível,
sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite
quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço,
não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha,
mas apenas uma pessoa: vunerável e forte, incapaz e gloriosa,
assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft
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