Eu tenho, de tempos em tempos, um sentimento quase físico, de transbordar amor de dentro de mim.
É interessante esse sentimento, porque é quase uma necessidade de amar tudo e todos à minha volta.
Claro que isso não é lá muito saudável, não sou mais o tipo de mulher que abre mão da sua vida pelos outros, mas encontrei uma forma gostosa de lidar com isso.
Quando a gente entende o que se passa dentro da gente, nos tornamos mais disponíveis ao mundo, mais solícitos aos amigos, mais compreensíveis com os nossos, nos tornamos pessoas melhores em todos os sentidos. Acabei achando uma forma de dividir esse amor todo em pequenas porções diárias de compreensão, carinho e cuidado lidando de forma honesta com cada um que cruza meu caminho.
Quando eu falo de honestidade, não digo só sobre não mentir ou ser justo; mas também e principalmente compreender que cada um traz dentro de si, dores e amores que não conhecemos, experiências de vida que não compartilhamos, traumas que nem sequer imaginamos e portanto emolduram aquela pessoa em muito mais do que somos capazes de ver.
Quando alguém é mal educado comigo, eu não sei o que aquela pessoa está passando, não sei como foi o dia dela ou o que ela teve que enfrentar, portanto relevo. Mesmo que isso seja o seu normal, só posso ficar triste por ela não ter amor em sua vida.
Hoje eu compreendo que quando alguém destoa do mundo que imagino ser bom, não é porque ela é ruim. Mas sim porque naquele momento lhe falta amor. E o mais importante de tudo é saber que muitas vezes também me falta esse mesmo amor. As vezes sou tão humana que fico até feliz. Porque eu mesmo me canso as vezes de sorrir. As vezes me canso em olhar pro lado....Pro outro.
Ser humano é tão normal pra mim que me faz muitas vezes transbordar amor.
E quando todo esse amor transborda, como nos últimos dias, eu sinto fisicamente meu coração inchar. E eu sorrio mais, abraço mais, escuto mais, e mais mais desejo amor. Pra mim, pra você e pra qualquer um que cruze meu caminho.
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