Tarde quente, sufocante e eu em casa.
Um provável amor resolveu viajar para a praia e eu não quis ir.
Meu momento, meu fim de semana, meus livros.
Não poderia querer mais nada.
Daí olho para a estante e resolvo tirar um dos meus livros preferidos de crônicas da maravilhosa Martha Medeiros: Feliz por Nada.
Ah! Como me delicio com os textos dela. Como viajo em meus pensamentos, como me identifico...
Num de seus textos de setembro de 2008 ela cita:
"...estamos vivendo uma época em que ter um diploma, uma carreira e uma família bonitinha não tem bastado para preencher nossas almas inquietas. Queremos mais prazer, mais independência, mais beleza. Em que colégio se aprende isso, em que faculdade??
(...)
Para se formar um ser humano, não adianta apenas ensinar física, biologia, história, matemática e demais matérias convencionais. precisamos também ser especialistas em viajar, em se relacionar melhor, em consumir cultura, em ter uma visão menos ortodoxa de tudo que nos cerca.
(...)
Bem viver também faz parte da educação"
Interessante não??
Pensar em como a "escola da vida" é tão mais importante que a habitual, nos faz enxergar nossas verdadeiras habilidades como ser humano.
Mas o que mais me fez pensar nessa tarde é um dos meus textos preferidos deste livro, que há muito eu não lia. "As esquisitices do amor". Num primeiro momento ela diz assim:
"As vezes ficamos mais presas a um amor quando ele termina do que quando nos mantemos na relação"
Porém, o que tocou mesmo e me fez refletir foi um trecho mais adiante...
" Por que temos urgência de abandonar um amor pelo fato de ele não ser fácil? Quem garante que sem esse amor a vida não será infinitamente mais difícil? As vezes é melhor uma rendição do que fugir de um amor que não foi vivido até o fim"
Pois é.
Fica aí uma baita reflexão.
Talvez seja por aí que nos graduamos na interessante "escola da vida".
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