segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Amar em paz

Há um tempo atrás eu sentei aqui, exatamente aqui neste banco, com você.

E por um detalhe, uma coisa boba, discutimos naquele dia.
Era algo relacionado com o fato de eu gostar de tirar fotos nossas em momentos diferentes, pra pautar a nossa história.

Lembro que me senti muito triste naquele dia. Uma coisa boba. Foi uma foto dos nossos pés que se tocavam por causa das nossas pernas cruzadas.... Uma em direção a outra.

Eu lembro que foi naquele dia que eu comecei a te olhar diferente. Foi por causa desse momento que eu enxerguei nossas diferenças. Me senti perdida. Sozinha. Frágil.

Acho que é porque eu enxergo o amor de uma forma muito simples. Casais que se amam tiram fotos. E você nem sabe o porque  que eu andava fazendo isso...

Eu tinha planos. Muitos. Pra nós dois.
Eu tinha sonhos. E tinha muita coisa em andamento para te presentear.
Tinha planejamentos. É isso.

Acho que a dor de amor é sempre por aquilo que acabamos não vivendo. Tudo que ficou no amanhã. Um amanhã que não vai chegar nunca porque não temos mais um hoje.
Você agora só existe no meu passado e eu confesso que estou confortável com isso.

Sinto um misto de tantas coisas ultimamente que nem sei ao certo porque estou tão em paz...

Hoje eu to aqui me lembrando.
Sentada nesse banco em frente a baia.
E quando me lembro, as vezes, ainda fico com os olhos cheio de lágrimas.
Não sei porquê.
Não sei o que acontece.
Só que eu ainda estou em paz.

Sinto saudade.
Mas não sei do quê.
Não sei porque.

Sentir ainda é minha forma de amar.
Mas só sei amar em paz.

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