Estou há uma hora me olhando no espelho.
Tento caras e bocas pra ver qual me serve melhor. Nenhuma.
Fiz uma maquiagem leve, coloquei rímel e batom. E sigo me sentindo igual.
Nem mais bonita ou poderosa. Nem mais interessante ou interessada.
Acho que é por ai.
Nada disso muda quem eu sou neste momento.
O reflexo só mostra a mim. Inteira, lúcida, calma e desafiada.
Exatamente.
Foram turbilhões de sentimentos estas duas últimas semanas e eu me sinto como?? Desafiada!
Como se estivesse pronta pra encarar o fim dessa caminhada específica entre velhos padrões emocionais e o inédito.
Me sinto desafiada a ser melhor pra mim. E isso implica em milhares de pequenos desapegos diários de sentimentos, posturas e privações. E isso está tão claro como água.
Não tem como dar as costas pra isto.
Não tem como negar essa urgência.
Me olho no espelho e sinto algo que nem sei se alguma vez eu senti: plenitude.
Em estar no corpo e na alma que me cabem. Nesta vida. Neste mundo. Neste breve espaço de tempo em que eu sou eu.
Nunca antes me senti tão bem. E estou assim há um pouco mais de uma hora.
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