Neste fim de semana fiz algo bem corajoso.
Eu achei corajoso porque desafiei minhas próprias opiniões sobre o amor romântico dos filmes holywoodianos.
Se você não sabe a minha opinião, te digo que era basicamente pensar que essas histórias contadas em filmes acabam por estragar, mascarar e indefinir nossas idéias de amor, iludindo o espectador e o levando a achar que o amor é fácil, que toda a história de amor vai ter final feliz etc, etc, etc...
Como pessoa descrente do romance que sou, achava tudo uma grande mentira pra vender ingressos de cinema ou locações de DVD. ACHAVA.
Na sexta feira, depois de passar meu dia em casa, depois de passar uma semana reclusa, curtindo meus pensamentos e minha mais recente solidão, depois de pensar, pensar e pensar sobre meus sentimentos por um certo alguém, decidi abrir um vinho e assistir tudo que o Netflix tinha em seu catálogo de comédias românticas/romance.
E assim foi. Um, três, cinco filmes. Perdi a conta na verdade. Assisti muitas formas de se falar de amor.
Eu vi muitos personagens confusos, iludidos, sonhadores. Vi os corajosos, os medrosos e os apaixonados. Vi as coisas darem certo no final. Mas vi elas darem certo sem que necessariamente o casal principal tenha ficado junto.
Opa! Pára aí. Eles se amavam mas não terminaram juntos?
Aham.
E olha que legal. Teve um pouco de verdade, de destino, em cada desfecho.
Porque amar alguém nem sempre significa ficar com ela até o fim. As vezes significa que você segue tua vida. E que mesmo doendo você segue vivo.
Ainda mais espantoso parar pra pensar que eu mesma já fui protagonista de uma história de amor que acabou assim....
Foi bem corajoso realmente. Mas foi ainda mais interessante perceber pela primeira vez, que histórias de amor na verdade são histórias de relacionamentos humanos. (Você pode até achar óbvio, mas já parou pra pensar nisso??)?
Relacionamentos humanos nem sempre dão certo pra sempre. Mas dão certo pelo tempo em que precisavam dar.
De qualquer forma, não quero enveredar por essa ótica. Não hoje.
Quero dizer apenas, que quando você se abre para que a dor seja sentida, seja ela uma mágoa, uma decepção, um rancor ou sei lá, você experencia seu próprio amadurecimento.
Relacionamentos são iguais em qualquer lugar, em qualquer língua, com absolutamente todo mundo. As vezes dá certo, as vezes dá errado. Mas depende única e exclusivamente do sentido que os envolvidos dão a ele.
Em algum momento o destino age. De alguma forma você saberá que algo deve ser feito. Você tem a escolha de deixar isso ser maior do que você ou infinitamente menor.
O que eu quero dizer é que nossas atitudes determinam onde chegaremos.
E eu fiquei pensando, quase desejando que minha vida fosse um filme assim, cheio de momentos engraçados, desencontros, definições.
Mas calma lá. E não é?
É. É sim. E pode ser melhor.
O que eu tenho de diferente de alguns personagens é essa ansiedade maluca que me deixa pirada.
A incapacidade de ter fé nas sementes que eu plantei e nos arranjos do destino.
O que eu aprendi? Renovei minha esperança de que o que for pra ser meu de verdade volta.
Talvez não agora, talvez não nessa vida (isso me deixou com medo na verdade), mas volta.
E no fim, tudo....absolutamente TUDO vai dar certo.
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